As dívidas e as prestações mensais, sem dúvida, são a maior assombração de quem fica desempregado de uma hora para a outra.
Contatar os credores de financiamentos para expor a situação e alongar prazos é uma das saídas. Mas a venda de bens como carro, também deve ser considerada. Para ajudar quem ficou desempregado a não se endividar, listamos 15 dias.
Afinal, o desempregado precisa ter em mente que trata-se de uma fase complicada e cheia de restrições. Mas ela pode ser atravessada desde que haja organização e disciplina.
Muitas vezes, a condição é um estímulo para começar um novo estilo de vida. Pode ser em um posto de trabalho melhor ou até como patrão.
1 – Encare a situação de frente
Agora é hora de saber quais são os recursos disponíveis. Coloque no papel:
As verbas rescisórias (pagamento de férias, 13º proporcional, multa sobre o FGTS e liberação do mesmo, quando não for justa causa);
Algum fundo de emergência criado para este fim e o seguro-desemprego.
Esse montante será sua base financeira até encontrar um novo emprego e voltar a receber um salário.
2 – Não se empolgue com o dinheiro recebido
Ao se depararem com uma quantia considerável, proveniente da verba rescisória e demais benefícios, muitas pessoas se iludem e cogitam fazer investimentos, como trocar o carro ou reformar a casa. Mas atenção! Nesse momento você não tem mais renda mensal, e esse dinheiro é seu único recurso para pagar as contas fixas durante o tempo em que estará desempregado.
3 – Não pague com cartão de crédito
Jogar as despesas para o próximo mês, quando não há perspectiva de um novo trabalho e renda, só agravará o problema.
Lembre-se de que os juros do cartão de crédito estão entre os maiores do mercado e nesta fase será bem fácil entrar em uma bola de neve com dívidas no cartão.
Por isso, dê férias indeterminadas para o cartão.
4 – Coloque as contas na ponta do lápis
Inclua suas fontes de renda e todos os gastos (inclusive pequenas despesas do dia a dia).
Manter controle total sobre as finanças é a melhor maneira de evitar o endividamento e conseguir identificar onde cortar gastos.
5 – Corte itens nas despesas mensais
Não tem jeito. Uma das primeiras atitudes práticas para quem está desempregado e não vê perspectiva de encontrar um novo trabalho em pouco tempo é enxugar o orçamento.
Para isso, será necessária a contribuição da família. Explique que é uma situação temporária, mas para evitar transtornos maiores, algumas despesas terão que ser cortadas.
Caso ainda não tenha, organize uma planilha com todas as contas mensais, incluindo dívidas e prestações. Esse hábito deve se manter por toda a vida, porque ajuda a saber onde a renda mensal é empregada.
Retire dessa lista tudo o que pode ser cortado temporariamente. Isso inclui academia, cursos de idiomas, faxineira, gastos com salão de beleza, TV a cabo, por exemplo. Mantenha apenas os itens essenciais, como: alimentação, plano de saúde, contas de luz e água.
6 – Diminua o valor das contas que não podem ser cortadas
Mesmo algumas despesas fixas devem sofrer redução. É possível economizar luz e água e restringir itens na lista de compras do supermercado ou substituí-los por produtos similares mais em conta, por exemplo.
7 – Pague à vista
Como a gente já disse, é hora de trocar o crédito pelo débito. E para ir além, vá pagando à vista as contas indispensáveis. Assim, você terá como controlar melhor sua verba, sabendo exatamente quanto pode empenhar em cada compra/pagamento.
8 – Pratique a boa avareza
Faça economias pequenas no dia a dia, dispensando o cafezinho na padaria, o pão de queijo na esquina e a pizza no fim de semana.
Esses poucos reais economizados, ao longo de um mês, transformam-se no dinheiro que falta para a conta de gás, por exemplo.
9 – Economia com transporte
Em alguns momentos será mais barato deixar o carro e sair de casa a pé ou de transporte público. O procedimento evita gastos com combustível e não desgasta o veículo, adiando a manutenção e a troca de peças.
10 – Dívidas anteriores ao desemprego
Caso o desempregado tenha dívidas atrasadas para arcar, o primeiro passo é contatar os credores e explicar a situação.
Para acertar as contas com o cheque especial e o cartão de crédito, pode ser viável pedir uma atualização de valores e fazer uma proposta para quitar à vista, com desconto. Avalie também se é possível empenhar a verba rescisória nesses pagamentos.